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Um ano de exames e tratamentos bem-sucedidos contra o câncer

O PET-CT é um exame que revela alterações metabólicas nas áreas da cardiologia, infectologia, neurologia e, principalmente, oncologia

Ao longo de um ano de funcionamento no setor de medicina nuclear do Hospital de Base (HB), o aparelho PET-CT vem ajudando a salvar vidas pelo Distrito Federal. Único da rede de saúde pública da capital e indispensável para a detecção do câncer e acompanhamento da doença nos pacientes, o equipamento tem realizado uma média de 60 exames por semana e 240 por mês, aperfeiçoando o tratamento do câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no DF.


Entre os pacientes que foram tratados no HB e examinados pelo supertomógrafo está a auxiliar administrativa Edite Brito, 67, moradora do Itapoã. Há dois anos, ela foi diagnosticada com um linfoma – tipo de câncer que afeta o sistema linfático – próximo ao pescoço. Iniciou o tratamento no próprio hospital, fez quimioterapia e foi dispensada da radioterapia. Faltava ainda o exame PET-CT (tomografia computadorizada por emissão de prótons), indicado para acompanhar a evolução da doença.


Mas era algo que não cabia no orçamento de Edite. “O exame custa cerca de R$ 4 mil nas clínicas particulares. Eu disse aos médicos que iria esperar”, explica. No fim de 2021, Edite pôde enfim fazer seu PET-CT no Núcleo de Medicina Nuclear e sem gastar um tostão. Repetiu o exame e, logo depois, veio a cura. “Graças ao bom Deus, estou curada. A maior vitória de minha vida”, desabafa ela. “O tratamento, os exames e os profissionais são todas coisas de primeiro mundo. Este governo está se esforçando para melhorar a saúde”.


Oito anos parado

Com cinco toneladas e esbanjando tecnologia, o aparelho tem uma história curiosa: foi comprado por 1 milhão de dólares em 2013 (mais de R$ 5 milhões, em valores atuais) por uma gestão anterior. Houve, porém, um erro de planejamento. O hospital não tinha a devida estrutura para acomodar o tomógrafo, e o equipamento precisou ficar guardado. A partir de 2019, coube ao atual governo e ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) tirá-lo das caixas e fazê-lo funcionar.


Em outubro de 2021, o governador Ibaneis Rocha inaugurou a área de medicina nuclear no HB para acomodar o PET-CT. Além da modernização do espaço, foram construídas duas salas para exames de cintilografia voltadas também para pacientes do câncer. Ademais, foram selecionados 18 profissionais – parte cedida pela Secretaria de Saúde e parte contratada pelo instituto – para um treinamento técnico.


“É um aparelho altamente tecnológico, e com ele conseguimos estadear [monitorar] o câncer, verificar se é uma doença local, se está bem avançada. O paciente só tem a ganhar, até mesmo com a precisão que ele traz”, explica o médico Renato do Amaral, chefe do núcleo no HB. “Além de auxiliar o médico a definir o melhor tratamento”. O exame dura em média 40 minutos, a partir do momento em que o paciente é posicionado na máquina.


Médico radiologista, Oswaldo Souza é um dos responsáveis pela execução diária dos exames. Ele reforça o salto de qualidade que o tomógrafo trouxe para o tratamento: “É algo de extrema valia para a população do DF. O tomógrafo atende a população carente que não tem condições de fazer o exame nas clínicas particulares. Em nossas pesquisas de satisfação, a cada dia que passa, vemos mais pacientes satisfeitos”.


Fonte: Jornal de Brasilia

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