No dia 1 de dezembro, é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, doença causada pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Os primeiros relatos da doença foram descritos há 39 anos, atingindo principalmente homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas injetáveis.
Pelo fato de a doença ter sido inicialmente descrita nesses grupos, criou-se um estigma enorme em relação à Aids, que já foi considerada até mesmo uma “maldição” para comportamentos que a sociedade acreditava serem incorretos. Entretanto, rapidamente, o HIV se espalhou entre homens, mulheres, jovens, idosos, crianças, usuários de drogas ou não… Enfim, por toda a população, em qualquer tipo de pessoa, independentemente de sexo, raça, opção sexual, condição econômica ou nacionalidade.
Até o fim de 2019, segundo dados da UNAIDS, existiam 38 milhões de pessoas vivendo com o HIV em todo o mundo. Atualmente, o tratamento anti-HIV tornou-se bastante eficaz, proporcionando uma melhor expectativa e qualidade de vida aos indivíduos que possuem o vírus. Aquele estereótipo de “aidético” - aliás, termo extremamente preconceituoso e que não é mais utilizado - não existe mais.
A maioria das pessoas já têm o conhecimento de que o HIV não tem preferência por um grupo social específico, estando todos vulneráveis à infecção. Contudo, ainda existe um grande preconceito com os indivíduos que vivem com o HIV, levando-os anão se sentir confortáveis para falar sobre sua soropositividade.
Em pesquisa realizada na cidade de São Paulo pela UNAIDS e pela PUC do Rio Grande do Sul, cerca de 80% das pessoas que vivem com HIV relataram dificuldade em contar às pessoas sobre seu diagnóstico. Eles também disseram sofrer discriminação até mesmo entre membros de suas famílias, sendo que os comentários discriminatórios não eram restritos apenas a fofocas, mas também existiam assédios verbais, agressões físicas e até mesmo perda de fonte de renda ou emprego por ser HIV-positivo. Essas atitudes acabam fazendo com que esses indivíduos inclusive evitem os contatos sociais.
Não há fundamento algum em estigmatizar pessoas que vivem com o HIV. Esse vírus não é transmitido por apertos de mãos, abraços, nem mesmo pela saliva ou lágrimas. Além disso, o preconceito sobre o HIV/Aids pode interferir no diagnóstico, ou na busca e adesão ao tratamento, uma vez que os indivíduos têm medo do que a sociedade irá pensar deles.
É uma condição médica como muitas outras existentes. Obviamente, todos as medidas devem ser tomadas para evitar a transmissão do vírus. Mas estigmatizar as pessoas que convivem com ele certamente não é uma delas. Evite o HIV. Combata o preconceito.
Fonte: Ministério da Defesa Saúde Naval
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