De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres realizam cerca de seis vezes mais exames preventivos que os homens.
Mesmo assim as operadoras não podem deixar de conscientizar e incentivar suas beneficiárias a seguir uma rotina de exames periódicos. Com a promoção de exames preventivos para mulheres é possível identificar o desenvolvimento de diversas patologias de forma precoce, aumentando as chances de sucesso dos tratamentos e diminuindo a necessidade de procedimentos mais invasivos e de maior custo.
Assim como no caso dos exames preventivos para homens, certas avaliações de rotina devem ser realizadas de forma constante durante toda a vida da mulher. Entre elas estão verificações do índice glicêmico, colesterol, triglicerídeos, creatina (que avalia a função renal), TGO e TGP (que avaliam o funcionamento do fígado), hemograma e exame de urina.
Outro hábito preventivo importante é:
Controlar o peso com exercícios físicos e alimentação balanceada, já que o acúmulo excessivo de tecido adiposo pode afetar o equilíbrio entre todas as funções dos órgãos, favorecendo o aparecimento de diversas doenças, incluindo o câncer.
Principais exames preventivos para mulheres
A seguir, listamos os exames preventivos mais importantes para a saúde feminina, que podem (e devem) ser promovidos entre os beneficiários de sua operadora:
Papanicolau
É indicado para a prevenção do câncer do colo do útero, é um exame citopatológico capaz de detectar lesões que podem levar ao desenvolvimento de um tumor. Ele é extremamente importante para reduzir a mortalidade, identificando o câncer de forma precoce antes que a mulher comece a apresentar sintomas. O intervalo entre os exames deve ser de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual. O primeiro exame deve ser feito aos 25 anos de idade, para as mulheres que já tiveram atividade sexual, e devem continuar até os 64 anos. Depois dessa idade, podem ser interrompidos se a mulher tiver pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos.
Rastreamento do câncer de mama
O Ministério da Saúde recomenda que todas as mulheres entre 50 e 69 anos se submetam a exames de mamografia pelo menos uma vez a cada dois anos. Para a faixa etária de 40 a 49 anos, é recomendado o exame clínico das mamas uma vez por ano e, caso haja alguma alteração, a mamografia. O exame clínico anual é recomendado também para mulheres acima de 35 anos que pertençam a grupos de alto risco. Apresentam maior risco as mulheres com ao menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama abaixo dos 50 anos de idade e também aquelas com ao menos um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária. No Brasil, cerca de 40% das mulheres entre 50 a 69 não fazem mamografia, estando abaixo da média mundial para a realização deste exame. Dessa forma, as taxas de mortalidade devido à esta doença continuam elevadas.
Densitometria óssea
Como a ocorrência da osteoporose é mais comum nas mulheres, o diagnóstico precoce da doença é fundamental para a prevenção de fraturas e preservação da qualidade de vida das mulheres, principalmente no período pós-menopausa. A avaliação da massa óssea, por meio de um exame de densitometria, é o melhor método de avaliação precoce da osteopenia, condição que pode levar à osteoporose. O exame anual é indicado para todas as mulheres com mais de 65 anos e também para aquelas que apresentam deficiência estrogênica, doenças na tireóide, doenças reumáticas, cálculo renal ou doença gastrointestinal. Também devem fazer o exame quem faz uso constante de corticoesteróides ou tenham histórico familiar de fraturas ou osteoporose.
Exames pré-gravidez
Se a mulher estiver planejando ter filhos, recomenda-se fazer diversos exames de rotina, como a medição dos níveis de colesterol e de glicemia, entre outros. Além destes, o médico pode pedir ainda uma histerossalpingografia (exame de raios-x realizado com contraste) e uma histeroscopia (exame endoscópico) para avaliar mais profundamente as condições do sistema reprodutivo. Também são indicados exames sorológicos para avaliar a imunidade contra determinadas doenças, como rubéola, toxoplasmose e citomegalovirose, que são doenças que podem prejudicar seriamente a saúde do feto.
Exames no pré-natal – Durante a gravidez, existem alguns exames imprescindíveis para diminuir o risco de doenças ou mesmo de morte da mãe e do bebê. Entre eles estão o hemograma para avaliar a presença de anemia, a tipagem sanguínea, a glicemia em jejum, a avaliação da função tireoidiana (TSH) e o ultrassom transvaginal ou pélvico. Se não foram feitas antes da gravidez, as sorologias também são essenciais para identificar a ocorrência de doenças como sífilis, HIV, toxoplasmose, rubéola e hepatites B e C.
Estes são os procedimentos indicados para detectar algumas das doenças mais comuns que afetam a população feminina no Brasil.
Fonte: Previva
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